Este foi um bom
fim de semana!
O sol voltou,
irradiando consigo um cúmulo de delícias! A gargalhada espanta neura, a
liberdade para sair à rua, o seu carinho quente de inverno no
rosto e assaz inspiração. É verdade… nestes dois dias que separam duas semanas
bastante atarefadas, reescrevi bastante no meu próximo livro. Não foram grandes
alterações! Mais um retoque aqui e ali, mais uma frase que escapara da outra
vez ou um parágrafo fora de sítio que me incomodava. E, no meio de todas estas
negociações com o meu manuscrito, surgiu uma ideia para um novo livro! Mais do que isso… surgiu o
esboço da história praticamente toda! Corri logo para o meu bloco de notas e
libertei-me daquela sequência de palavras e novos acontecimentos. A ânsia de
não esquecer! As personagens não têm nome e os locais estão desfocados.
Contudo, elas um dia terão nome, rosto e vontades e esses locais cores e aromas.
Mais uma ideia guardada com carinho, à minha espera para ganhar a sua essência!
Quantas destas
ideias me visitam enquanto escrevo! Porque escrever é como uma droga… quanto
mais se escreve mais se quer escrever e quanto mais se cria mais as ideias
nos assaltam. Não. Uma droga, não, se não tem efeitos nocivos. Escrever é um
ginásio, para a mente. Isso, sim! Exercita, tonifica a nossa imaginação,
provoca sede, e que sede de palavras! E liberta endorfinas, deixando-nos bem
sensíveis ao mundo exterior. Esse mundo exterior que é o mesmo de sempre… nós é
que mudamos!
Sempre gostei de
observar, aspirando tudo. Pequenos gestos, olhares, modos de falar ou gritar,
de sentir, sofrer, até um dar as mãos. Mas agora que frequento muito esse ginásio
que é a escrita (sim, porque o outro… não é para mim!), um dar as mão não é um
simples enlaçar de mãos! É pele com pele, macia, áspera, quente ou fria, é o
enlaçar dos dedos uns nos outros tocando os nós ou as veias que pulsam, duas
linhas da vida que se unem, com passado, presente e futuro. É todo o mar de sensações que nos provoca o gesto.
Porque escrever redesenhou-me os horizontes, como se tudo o que me
rodeia deixasse de ter apenas três dimensões, passando a ter seis. O olfato, a
audição, a visão, o tato, o paladar e a intuição, o tal sexto sentido. Por esta
ordem ou outra qualquer!
Já
experimentaram?